O tratamento com células CAR-T, um tipo de imunoterapia, é considerado um dos principais avanços na área da oncologia. A terapia consiste em reprogramar geneticamente células do sistema de defesa do próprio paciente – neste caso, os linfócitos T – para reconhecer e combater certos tipos de câncer de sangue. No entanto, o tratamento é pouco acessível no Brasil. Atualmente, a fabricação dos produtos depende de laboratórios estrangeiros, o que acaba elevando o custo.
Em 2022, o Hospital Israelita Albert Einstein foi a primeira instituição no país a receber a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a aplicação da terapia em pacientes durante um estudo clínico, com todas as etapas de produção realizadas dentro do Einstein. Uma das vantagens do chamado “CAR-T acadêmico” é que o centro de pesquisa da instituição domina todo o processo produtivo da terapia, sem depender da indústria internacional. Tudo é feito em um período de 12 a 14 dias, considerado muito inferior ao praticado no mercado.
No episódio desta semana do podcast de Health, Laura Murta, Camila Pepe e Jonas Sertório conversam sobre o tema com João Batista Junior, gerente da área de terapias avançadas da Anvisa.
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